quinta-feira, dezembro 01, 2016

12 Anos de amor em imagens - JP


E porque uma imagem vale mais que mil palavras....o amor construído em 12 anos…
Vida longa e muito feliz, Amor da minha vida.

quinta-feira, novembro 10, 2016

Quando o seu filho se encontrar com o meu

Conheci este este texto através de uma querida mãe que me deu a conhecer.

Gostei muito. No nosso caso precisaria de adaptações, mas a ideia está lá. Ensinem os vossos filhos que ser diferente é normal. Obrigada.

Como é de um site, deixo aqui o link.
http://lagartavirapupa.com.br/category/autismo-2/


segunda-feira, novembro 07, 2016

Medo de não estar cá para eles

Tenho lido muito que mães felizes criam filhos felizes.  Acho que, por isso, o meu JP tem um sorriso tão fácil, mas agora anda mais sisudo. Talvez fruto da idade. Talvez fruto das atribulações. Uma mãe feliz sempre cria filhos felizes. Uma mãe menos feliz, já é mais difícil. De qualquer forma, o bom humor, nem que seja o "negro" está sempre presente e tenho dois filhos piadolas.

A verdade é que a minha vida tem dado tantas voltas que, depois de diversos períodos diferentes, alguns menos bons, outros maravilhosos (incluindo a chegada do Rafael), vivemos agora tempos de menos certezas e é muito difícil, para mim, colocar uma máscara em casa. Eu mostro aos meus filhos que a vida nem sempre é fácil, para que percebam (sem dar importância demasiada e sem causar insegurança)   que se um dia mais tarde,  eles se depararem com dificuldades, entendam que é normal, e deem a volta por cima. O Espírito é  esse, sempre. 
Nunca desistir. Dou o exemplo e espero que o "bebam".

A exigência na escola  do JP, aumenta, (está no 6º ano) e, por vezes, torna-se mais uma fonte de stress para mim. O meu filho tem particularidades, aprende bem, mas o meu auxilio é fundamental.

A minha vida profissional é exigente porque me divido entre os diversos ramos. O antigo, a engenharia civil e direção de obra, as avaliações e ainda, a que mais me ocupa, consultora imobiliária, numa grande Rede Nacional.  Ando sempre cansada, por vezes muito concretizada, por vezes muito ansiosa. Mas é o trabalho que me faz desanuviar e realiza-me de uma outra forma, também muito importante para mim. E preciso de todos eles para estar em harmonia financeira e realização.
Parece ser fácil lidar com tudo. Mas só porque me empenho. Assoberbada, 
Vou sendo bem sucedida mas tenho um medo enorme que me aconteça alguma coisa. Todos os dias penso nisso…
Medo, medo, medo…

Se me acontecesse alguma coisa e eu tivesse 2 filhos saudáveis e dentro dos parâmetros da normalidade, eu sei que tudo acabaria por correr bem. Assim, às vezes, o medo de morrer paralisa-me e passo maus bocados. Era tão bom que a vida fosse mais fácil. Comigo tudo foi sempre tão difícil. Mesmo assim sinto que não devo queixar-me, sempre tive tantas pessoas maravilhosas a tentar ajudar-me, que sinto que não devo queixar-me....porque há quem nem tenha isso.
Foi só um pequeno desabafo. Depois disto, ficarei melhor. Espero :)





domingo, outubro 02, 2016

Karate


Tinha muita vontade de inscrevê-lo nesta modalidade e ele está a adorar. Ele sofre bastante com a falta de tempo, de atenção. e esta é uma atividade que ele adora. As duas flores do meu jardim precisam de ser regadas… Começou agora, em Setembro, e está muito entusiasmado. Também irá recomeçar a natação.

RETIRADO DO PORTAL EDUCARE:
Desejando ocupar os tempos livres das crianças e proporcionar-lhes uma formação completa, incidindo em domínios não abrangidos pela escola, muitos pais optam por proporcionar aos filhos a frequência de atividades diversas.

A escolha da atividade não deve ser aleatória. Ela deve ter em conta as características da criança e a adequação ao desenvolvimento ou à inibição de diversos aspetos, como por exemplo a autoconfiança ou a agressividade. Deve ainda ser feita em conjunto com a própria criança em vez de resultar de uma imposição. Duas atividades com enormes potencialidades são a natação e o karaté. Segue-se uma pequena reflexão acerca das vantagens de cada uma.

A natação pode ser praticada desde muito cedo. Aprender a nadar é fundamental, quanto mais não seja por uma questão de segurança e até de sobrevivência. Na verdade, a sua aprendizagem deveria fazer parte da formação de qualquer criança e todas as escolas deveriam estar equipadas com piscinas e providenciar o seu ensino. No entanto, se a segurança não fosse argumento suficiente, as potencialidades desta modalidade desportiva valeriam por si. Frequentemente ouvimos dizer que a natação é um desporto completo. Ela é ótima para o sistema respiratório, podendo ajudar crianças com dificuldades a esse nível. Contribui também para o desenvolvimento dos músculos. A melhoria da coordenação dos movimentos é outro aspeto a ter em conta.

O karaté pode ser praticado a partir dos 6 anos. A sua prática facilita a concentração. Melhora também o equilíbrio nervoso. Desenvolve ainda a flexibilidade e a coordenação e contribui para uma postura corporal adequada. O desenvolvimento da autoconfiança e do sentimento de segurança são outros benefícios importantes. Por outro lado, o karaté promove a disciplina e a compreensão bem como o respeito para com os outros.

Se estas duas modalidades desportivas podem constituir boas opções, outras existem que se podem mostrar mais adequadas para corresponderem às necessidades de uma determinada criança ou aos seus gostos pessoais. Há, no entanto, que ter conta, peso e medida na hora de selecionar as atividades extraescolares. Nem oito nem oitenta. Se elas forem em número excessivo irão constituir uma sobrecarga. É preciso não esquecer que as crianças precisam de tempo para si próprias, para brincarem livremente.

sábado, outubro 01, 2016

As perguntas....

As férias terminaram. Aproveitamos ao máximo. Como devem ser aproveitadas.
Desejámos, mesmo, voltar às rotinas, de tão "cheias" que as férias foram. 
O 6º ano foi começado cheio de garra e saudades pela parte do JP.

Pelos 4 anos, há os infindáveis porquês. 
Se o Rafael pergunta tudo o que lhe desperta curiosidade, o JP, de quase 12 anos, não lhe fica atrás e agora quer saber tudo sobra a sua condição. 
Porque é ele diferente, porque há outros diferentes, o que se passa com eles ?
Gosta de ficar a conversar comigo sobre estes assuntos, na cama, no meio dos lençóis e do mimo. Continua a adorar os aconchegos da mãe, os abraços, as minhas tontas confissões de paixão. 
E ele, espontaneamente, retribui-me, pelo Facebook, muitas vezes.
As respostas às perguntas dele têm surgido naturalmente. Uso as explicações do coração. Sou muito transparente. Sou eu mesma e não monto um cenário só para agradar-lhe.


Acredito piamente que não vale a pena. 
Eles sentem quando estamos a ser mentirosos e criam barreiras que não quero que existam entre nós.

Ele é diferente, especial, mas no que for igual, queremos ser iguais, sem privilégios. 

E há muita coisa que o JP é igual. Valorizo tudo o que tem de bom. 
Lembro-o que é um todo, que não  pode limitar-se a ver as suas limitações, mas que deve valorizar tudo o que tem de melhor: a simpatia, a persistência, o sorriso cativante. Que, na vida, todos temos algumas limitações, que todos somos um pouco diferentes uns dos outros e que ele é ainda um pouco mais diferente porque é deficiente. Mas isso não o impedirá de alcançar os seus sonhos. E que sonhe sempre. Muito. Porque a sonhar ele pode tudo.

O Rafinha, agora também percebe a diferença e muitas vezes quando ralho com o JP, por alguma coisa, lá vem o mini advogado, com um tom de voz muito convincente: "mãe, não te zangues com o mano, ele faz isso porque ele é diferente

Sempre disposto a defender com unhas e dentes o indefensável. 
Acho ternurento.

sábado, agosto 27, 2016

O Rafael orgulhoso do seu irmão


Tenho tido alguma preocupação para desmistificar a diferença do JP e que o Rafa a aceite, como normal da
nossa vida.  
E que entenda que a diferença faz parte do  mundo. Do nosso e não só.

Temos um parque infantil perto de casa onde o JP anda à vontade na sua cadeira eléctrica e onde o Rafa desfruta ao máximo como qualquer criança o faz. Divertem-se os 2 mesmo a valer.




Como o mano leva a cadeira eléctrica, ele gosta de levar a sua bicicleta para manter o ritmo.


Ontem, 2 meninos observavam o JP e comentavam um com o outro, em jeito de cochicho, (perto do Rafael, provavelmente, sem se aperceber que era irmão). " Anda numa cadeira de rodas".

O Rafael veio todo empertigado, mas orgulhoso, junto deles e disse: " Anda numa cadeira de rodas ELÉCTRICA !!!" (leia-se que para o Rafa ter uma cadeira eléctrica é algo muito fixe !)

E assim, temos o nosso advogado, pequenino, de 4 anos, do mano grande.

domingo, agosto 21, 2016

Momentos em familia 2016

Todas os momentos que passamos com os nossos meninos são absolutamente preciosos, mas estes dois pequenos seres amorosos, quando em férias, acham que os pais têm de ter uma energia inesgotável (como a deles) e fazer tudo. 
É imperativo acordar cedo, ir para a praia Fluvial ou para as piscinas , todo o dia, ir ao parque,  brincar com amigos , passear muito à noite, deitarem-se tarde e saborearem, ainda, muitas leituras e tudo a que têm direito. 
Diz-se que a paixão nos dá forças,  para o que precisamos. 
Lá fomos arranjando muita energia, mas ao fim de uma semana, o pequeno Rafa já se queixava que tinha dores de cabeça (fazia sesta na pré-escola e deixou de fazer nas férias, tirando 20 fatídicos minutinhos que andava de carro). Uma boa noite de sono e um abrandamento do ritmo solucionou  o assunto, mas não foi fácil convencer os dois que estar em férias é também descansar, persuadi-los a fazer umas sestas e trocar, tranquilamente, miminhos, em família,  durante o tórrido calor do interior da nossa terrinha, em vez  aproveitar para estar sempre a fazer algo. 
Na água, os dois andaram atrelados às suas preciosas boias, sempre com a nossa muito atenta supervisão mas mais autónomos, batendo constantemente as pernas e divertindo-se muito em conjunto. 
Nós, pais, felizes mas "maçadinhos" e eles felizes, maçadinhos, mas ambos cheios de energia…

O JP está numa fase já muito adolescente. Os seus 11 anos estão a manifestar-se com muitas evidências. 
Agora que já chegámos, combina o tempo todo atividades, com as suas amigas, ou simples vindas cá em casa.  Ouve as suas músicas, de gosto muito próprio de adolescente. 
Estar apenas com os pais e irmão não o satisfaz. 
Por outro lado, o que mais me preocupa é a ansiedade que desenvolveu, principalmente, devido às noticias do terrorismo e também às doenças, como o Cancro que teme muito. O uso do Facebook também não ajuda, mas ele gosta muito de comunicar com os amigos por lá…
Estas preocupações têm-lhe roubado o sorriso constante e não tem sido muito fácil, para mim,  lidar com estes medos exacerbados. Acredito que seja o meu maior desafio, nos próximos tempos.

sábado, agosto 20, 2016

Explicar a diferença do JP ao Rafael

O Rafael já percebeu as diferenças do mano e já as explica aos amigos.
Tento que perceba que ser diferente é normal e não se sinta embaraçado.
A determinada altura pensei em escrever um livro, com a ajuda, nas ilustrações, de uma amiga para que percebesse estas questões de ser irmão de alguém tão diferente e especial. Entretanto conheci este livro e serve, exatamente, o propósito. O Rafael gosta de ouvir em voz alta e o JP também.


«Maria tinha pressa de nascer. Dava voltas e voltas na barriga da mãe. Era verão, estava muito calor e não havia maneira de ficar mais fresca. Uma noite, não aguentou mais. Decidiu que era altura de conhecer o Mundo.» E assim começa esta aventura. De uma menina que, desde o nascimento, tem que aprender aquilo que os outros fazem naturalmente. Aprender a segurar a cabeça, a abrir as mãos, a sentar-se, a pôr-se de pé, a andar. Maria é diferente. Tem uma diferença que se chama deficiência. Mas é, sobretudo, especial. Tem uma alegria e uma força incríveis que chamam a si muitos amigos que a ajudam e com ela querem partilhar a sua luta. Enquanto isso, Maria «viajava dentro da sua cabeça para os sítios onde os outros meninos chegavam com as pernas. E ria, ria muito porque estava sempre alegre!»"
 “Maria, a Alegria na Diferença” ´ Recomendo vivamente !

quarta-feira, julho 06, 2016

6º ano aí vamos nós !


Depois de um intenso 5º ano foi hora de carregar baterias por alguns dias. Os manos estão muito cúmplices. O Rafael deve achar que a sua missão no mundo é vir fazer rir o mano mais velho e nos restaurantes quer ficar sempre perto dele, para as palhaçadas serem bem vistas e ouvidas. Um miúdo muito divertido. 

Nesta época do ano, tal como em outras, paira a incerteza e o não ter soluções para quem fique com o JP. O ATL onde anda não consegue levar à praia, não tem transporte, etc, etc, o antigo, diz que já não aceita meninos do 2º ciclo, blá, blá. A conversa que eu já conheço e as soluções que conheço nunca dão jeito algum e as que há, resolvem o problema por 1 ou 2 semanas...não mais.
E são os pais que têm, como destino fatídico, de não trabalhar ou gastar uma razoável quantia em empregada, mesmo que o dinheiro seja escasso porque, simplesmente, não se podem dar ao luxo de faltar ao trabalho.
Uma amiga já começou com a sua batalha e eu vou seguir o caminho…
Cartas.
Carta para todas as entidades que possam fazer alguma coisa, desde as câmaras ao Presidente da República. 

segunda-feira, junho 27, 2016

terça-feira, abril 26, 2016

Lindo, lindo !!! Vejam até ao fim....


Tudo o que eu penso está aqui neste video....adorável !

Os meus amores a crescer

Crescem a um ritmo alucinante, doido. Ainda ontem tinha um bebé, que depois pedia um mano. Depois outro bebé, e agora tenho estes meus tesouros. Crescidos, já.
Enquanto eles sorrirem, eu também estou bem. São tremendamente especiais e únicos. 
Que tenham os dois a certeza que sou unha e carne com eles.
São as coisas mais importantes. 
Estou muito grata pelo que tenho e luto para que, cada dia, seja melhor do que o anterior.
A nossa vida é muito difícil, complicada, cansativa, no dia a dia, mas estes sorrisos recompensam tudo.
Enchem-me o coração…




segunda-feira, abril 11, 2016

Os meus tesouros


Tenho agora um menino de 11 anos que questiona as nossas respostas. Duvida delas e vai questionar outros. Escreve, espontaneamente, cartas ao Presidente da Câmara, para alertar para situações de passeios muito altos que não estão bem.
Cartas muito bem escritas. Dessa só soube depois de ter sido enviada…

Tenho um tesouro de 4 anos, muito meigo, muito querido, muito falador. 

Não ando a sentir vontade nenhuma de escrever.  Fico com pena de não registar todas as gracinhas do Rafa, mas faço questão de filmar, para um dia mais tarde, deliciar-me a recordar estes dois nestes anos maravilhosos. 
São os melhores amigos, um do outro.
Se ralho com o JP, o Rafael diz logo: "não te zangues com o mano, mãe !" em tons autoritários como se o mano precisasse de ser defendido.
Se o Rafael faz uma "birrinha", o JP é o primeiro (e único) a querer ceder à chantagem....Compinchas, como se quer !


segunda-feira, março 07, 2016

Post para mães especiais

Hoje o post é para amigas que tenho no coração. 



Nunca achei que fosse preciso ter o segundo filho para conhecer alegrias da maternidade, porque já as conhecia, mas, sem dúvida, que foi ótimo o Rafael ter vindo e, até à data, não ter dado trabalho, praticamente, nenhum, (a não ser o já expectável muito  esgotante trabalho  que dá uma criança de 4 anos).

O coração multiplica-se em amor. Ele nasce e cresce à medida que vamos tendo filhos. 
Há dias que acho que é trabalho a mais, não tenho minutos livres e isso cansa-me muito.
Tenho dias que acho que acompanhar o mais velho e dar toda a atenção que o mais pequeno requer 
é demais para mim, vou rebentar com a pressão.

Mas passa. 
Na verdade tenho 2 tesouros. 
O mais velho anda a portar-se mal na escola. Ou pelo menos com 1 ou 2 professores de que não gosta.
O mais novo pede doses gigantescas de atenção, consome-me imenso,  mas é um poço
de ternura e palhaçadas. E, balanço feito no meio do cansaço, eles fazem-me tão feliz.

E melhor do que ter um tesouro, é ter 2.  Talvez as mães de 3 digam, que melhor ainda é ter 3 :)
Eu simplesmente teria de ser internada numa instituição… mais do que isto, é impossível de aguentar para mim. Mas é apenas a minha experiência. 
Dar irmãos aos meninos especiais, não é obrigatório. Nem sequer é importante. 
Mas no nosso caso, foi bom , na altura certa, para nós e para o JP. Não imagino a minha vida sem o Rafael. São duas riquezas, dois motores na minha vida que me fazem andar sempre em frente, cheia de motivação. 
Num dos casos das minhas amizades,  o primeiro filho foi embora, mas sei que continua no coração da minha amiga...ela tem 2 filhos, terá sempre.
Ser mãe, começa quando sabemos da gravidez e nunca mais acaba. Nem a morte nos separará. 
Ser mãe é verdadeiramente especial. Não sei como é ser pai...mas não é certamente igual e tão intenso.
Desejo-lhes muita saúde, aos bebés que nasceram, aos que estão para nascer. 
E parabéns, acima de tudo. Fico de coração cheio. Este ano de 2016 já está ganho !!!

sábado, fevereiro 06, 2016

O poder do Amor

Se alimentarmos as nossas crianças com amor, os medos morrerão de fome...

Eu sei que não é tão linear assim, mas continuo a acreditar só nisso. 

Amo muito (e demonstro) às minhas crias, que são doces, doces, doces....se Deus quiser, serão fortes para enfrentar este mundo tão difícil.




terça-feira, fevereiro 02, 2016

Post do Papá Grilinho - Hoje 4 anos do meu Rafinha

- "Filho, o que queres de prenda de anos"?
- "Quero a mota do Sendokai e quero andar de metro"
Ok smile emoticon
Não precisa de muito para ser feliz, o loirinho mais lindo deste mundo .smile emoticonQue seja sempre assim.
Felizes 4 anos, meu tesouro!
Amo-te, miúdo.

quinta-feira, janeiro 28, 2016

Tão igual quanto for possível

Visitamos, com alguma regularidade, a UTAAC na Gulbenkian. Antes do JP passar para o 5º ano, advertiram-me: "mãe, no 5º ano é para ser como os outros, se têm telemóvel, é para ele ter também!"

Fiquei sem saber o que pensar...really ?

Mas eu levei aquilo a sério. Na verdade ele já tinha tido uma anterior experiência em que mandava SMS pelo computador e era agradável para nós e para os amigos. Assim foi. Recebeu este Natal um telemóvel.
Por vontade só da mãe, porque o pai não era muito a favor.
E tenho a certeza que algumas pessoas pensaram que eu não jogava com o baralho todo.
Felizmente somos os 3 (na verdade os 4, porque o Rafa também intercede muito pelo irmão), uma equipa, que se empurram um aos outros, para a frente. 
O pai, que não era nada a favor, lá partiu a cabeça a descobrir uma forma dele controlar o ecrã do telemóvel através do computador : Sem ele o JP teria o telemóvel, mas com pouca autonomia.
Agora manda SMS, faz chamadas e até pedincha como os outros fazem.
Adora !

A cadeira eléctrica tem andado sobretudo na escola. Levar para o ATL e andar com ela aqui em casa não é nada prático. Mas como a velhinha manual dela está com 7 anos e em muito más condições, o JP tem feito toda a força do mundo para andar sempre com a eléctrica. A mãe, muito inerte, resiste à pressão e mudança, mas o JP insiste …via SMS…

excerto da conversa via SMS com o JP
Delícia. Acabou por me fazer ligar para o ATL e levou mesmo a cadeira ontem.

Precisamos de miúdos assim, meu querido,  para fazer o mundo andar para a frente.

Orgulho em ti, meu filho…


quarta-feira, janeiro 13, 2016

Reunião do fim do primeiro trimestre 5º ano

Ainda ontem tive a reunião de fim do primeiro período do 5º ano do JP.
O JP anda numa fase de muito entusiasmo pela escola, ou melhor dizendo, por algumas disciplinas.
Teve tudo positivo, algumas boas notas. Mas sinto que, apesar de estarem criadas as condições para ele estar bem, está ali  o  tal " mundo cão ", que todos os adultos conhecem. 
E que o JP também está a começar a conhecer. 
Existem, FELIZMENTE, também os magníficos professores empenhados, mas existem os que o veem como um estorvo. 
Os que o admiram, os que o não entendem e nem nunca terão capacidade de o entender. 
Nem o que sentem e vivenciam os pais de uma criança assim. O que passámos. O dar cada dia com saúde como uma benção. E depois o conseguir fazer concentrar, obedecer, controlar as emoções.
Nem têm ideia do que foi preciso para chegar a este nível. Nem dos sacrifícios que todos os dias fazemos para ele ir à escola, arranjar equipamento, ser bem sucedido, ir acompanhando, e como também nós temos imensas limitações. 

Um dia eu achei que ele era um filtro, que fazia conhecer gente boa. 
Agora eu sei que ele é um filtro também de saber quem são os bons professores. 

Parece presunção. Mas ontem percebi que não.
As disciplinas que ele ama, que estuda sem eu pedir, inventa resumos e procura respostas na net, eu sei que tem ali um professor que o motiva. 

 Ontem na reunião de pais, percebi, que afinal, aqueles de quem ele gosta, são os que os outros gostam e têm também boas notas. Em conversa com os pais, tirei a radiografia.
No fundo é geral. No fundo ele é só mais um, entre muitos.

Há disciplinas que, sem perceber porquê (ou até percebo muito bem),  não teve tão boas notas, não estuda sem ser obrigado. Ou recusa-se a estudar de todo. E lá vai passando entre os pingos da chuva. 
Não gosta. Ou gostou um dia, no passado, e deixou de gostar. 
E esses professores andam aí, com muita pena minha...

Valha-nos os bons. Já vi alguns pequenos excertos dessas aulas e percebi que o fazem com paixão.  Mantêm uma relação próxima e ordeira com os miúdos, mandam os TPCs, com o meu conhecimento, alguns dão-se ao trabalho de adaptar algumas fichas, muitas vezes, nem sendo necessário.
Estão ali porque gostam e querem. Ensinam e transmitem paixão pela aprendizagem. E eles aprendem felizes sem opressões, sem ameaças.

Enfim, este é o mundo real que ele terá daqui para a frente. O BOM E TAMBÉM O MAU....

O 4 º Ano

Nestes 11 anos, tivemos a sorte de nos cruzar com pessoas maravilhosas. 
O primeiro ciclo foi ainda um prolongamento do miminho que o JP sempre teve habituado.
Alguns pais (poucos) diziam que a professora do primeiro ciclo não exigia aos alunos uma grande dedicação ao estudo, o volume de TPC não era astronómico, como se isso fosse mau...
O meu JP precisou sempre de uma dose extra de motivação para se concentrar e ela conseguiu que ele fosse um fã de matemática, gostasse de estudar e soubesse como investigar um tema. 
Soube mostrar o quanto a informática era abrangente e o poderia ajudar. 
Muito mais. Soube que o grupo resolvesse de forma muito assertiva todos os problemas e conflitos que surgiram. Ensinou a gerir emoções.
E ainda hoje a turma é a mesma e se mantém unida e solidária.
Agradeço ainda ter despertado o gosto pela escola e de aprender sobre os assuntos. 
Que se pode pedir a um professor que não isto ? 
Memorizações para exames ridículos  e TPCs gigantescos que em 15 dias já esqueceram ? 
É isso que é ser bom professor ?
Não é o meu conceito.
Agradeço e faço-lhe uma vénia uma vez mais. 5 estrelas. Uma amiga do JP, sem dúvida.

No ano passado, a esta altura do ano,  fizemos uma reunião na actual escola do JP, onde muitos professores disseram: "ah, reunião tão prematura, nem sabemos se o miúdo passa nos exames e se vem para cá". Meti o rabinho entre as pernas, porque era um facto realmente ainda desconhecido e tive de me calar mas acreditei que sim. E lá está ele agora.