quarta-feira, julho 27, 2022

Lições de vida da mãe Grilinha para os grilinhos pequeninos

Tudo o que eu tento ensinar aos meus meninos ( mas que, por enquanto, a maioria entra  por um ouvido e sai pelo outro 😉). Um dia chego lá…há que manter a fé 🙏

1 O segredo da força para enfrentar o que nos chega é manter a CALMA. 

Como nem sempre consigo seguir esta dica, infelizmente, às vezes, sou eu que ouço deles a minha própria frase “ calma… com calma tudo se resolve “ 🤣

Mas fico feliz. Esta eles já aprenderam !!!

Pôr em prática , é exercício para a vida toda ☺️

2  O que causa mais frustração e dor, é que a maioria das pessoas sente que falta, ou faltou, amor em fases das suas vidas.  E ficaram presas nos momentos em que não foram amadas. 

Mas se isso lhes chegar a acontecer sentir, quero que saibam que não passa da perceção deles. Eles são e serão amados sempre. Mesmo quando eu já não estiver por cá. 

3 A maioria das pessoas ambicionam vidas perfeitas ansiando por escolher uma pessoa favorita para amar e receber amor. 

E aguardam ser felizes, para sempre, por esse facto. 

Só que não… não funciona assim. 

Aqui, em casa, nunca escondemos dos miúdos os nossos “ arrufos” de casal. Eles percebem que existem, não são eles os culpados, mas sim o facto de sermos 2 pessoas diferentes, com pontos de vista bem distintos. O importante é haver respeito. E mais uma vez a CALMA. Porque a vida em casal é isso mesmo. Difícil. 

Se há amor, faz sentido ultrapassar as divergências. Ceder. E respeitar a liberdade de cada um. Se não houver amor é, com certeza, uma guerra perdida. Preferível ficar em paz, cada um no seu canto. 

Felizes em casal, sim. A maioria do tempo. 

Sempre….. é que só nos filmes 🙂

4 . Não tenham medo de ficar sós. 

No nosso mundo,  uma das razões pelas quais a solidão pode ser depreciada e temida é que, nela, cada um vê quem realmente é. 

Estejam em paz consigo próprios, cultivem um eu bonito  e nunca temam estar sós. 

A vida é mais colorida com amizade e relações mas primeiro precisamos de aprender a amar estar sós. Amar-nos a nós próprios. 


5 Quando começamos a ser felizes ( e não precisamos de nenhum acontecimento especial para isso acontecer ) independentemente do medo e expetativas, então atraímos tudo o que é necessário para as nossas vidas, sem qualquer esforço. 

Não andamos atrás das borboletas. 

Elas vêm ter ao nosso jardim ….o jardim que é a beleza no nosso interior.


domingo, julho 24, 2022

As férias com um adolescente em cadeira de rodas

O tempo passou a correr desde Janeiro até agora. Foram muitas as mudanças, desde a troca de casa até às incertezas da covid 19 e, assim, não marcámos as habituais férias, com antecedência. 

Só me recordo de fazer férias sem nada planeado, antes do nascimento dos meus filhotes. 

Mas, se gosto de planear ( ou não fosse eu controladora 😉), também adoro ser aventureira e ser surpreendida. 

Com toda a certeza que teremos umas férias maravilhosas…. Porque estaremos juntos e bem dispostos. Ou tentaremos, porque o meu JP está adolescente e nem sempre está fácil de agradar 🤣🤣🤣

Não falharemos a nossa aldeia e os mergulhos na ribeira, os jantares tardios e os passeios à meia-noite  ( a única hora possível de se andar na rua confortável ) 

De resto , será aventura pura e dura . 

Vamos passear à aventura… 

Magnífica sensação de liberdade que anseio, os biberões e as papas ficaram, já, num passado longínquo. 

Agora só temos de assegurar alguns aspetos e está tudo bem . Assim, a sorte nos ajude. 


Vamos tentar encontrar os quartos adaptados, ou que deem para nós.  Sem planos. Claro que, como nem todas as opções dão para nós, é aventura a triplicar. 


Aprendi a confiar que o Universo e vai-me ajudar 😉


E, aqui, iremos partilhar as nossas aventuras e percalços ( sim, porque sabemos que também existirão 🙃)




quinta-feira, julho 14, 2022

Adaptações Necessárias

Também eu passei agora pelo processo de troca de casa. 

Não foi a primeira vez que comprei ou vendi casa própria desde que entrei na mediação imobiliária mas foi a primeira vez que troquei de LAR. E neste último estive 20 anos. 😱

Desde o processo de “ desapego”, contas, logística, mudança e apesar da nova casa ter apenas uma década, ainda foi necessário fazer adaptações na casa de banho para o meu filho mais velho e nós termos a mobilidade desejada.

Não ficou como queria porque tive de escolher materiais disponíveis devido ao prazo apertado mas serve os propósitos e está funcional. 

Sem ressaltos. 🙏

Partilho convosco





terça-feira, julho 12, 2022

Abrir o coração

Aprendi que abrir o meu coração sempre me ajudou a que aparecessem anjos na minha vida a dar um empurrão naquilo que precisava. 
Por isso sempre escrevo. Partilho o nosso dia a dia, na esperança que ajude alguém ou apenas contar como é a nossa vida. 
E sermos mais uma voz. 

Uma voz de uma minoria que existe. 
Pais de 2 rapazolas . Um deles “ cadeirante”. Adoro esta expressão Brasileira. 

Estamos cá para contar o bom e o mau. 
Que vidas perfeitas só mesmo no “ insta”…

Nós somos reais, imperfeitos seres em evolução a experimentar esta maravilhosa experiência terrena. 
Cometemos erros, pedimos desculpa , recomeçamos com a vontade de fazer diferente e melhor ! 

11.o ano, aí vamos nós !!!
E, felizes, vamos aproveitar tudo o que as férias nos trazem de bom 😃



 

quarta-feira, julho 06, 2022

Sobre as expectativas e aceitação

Lembro-me de ser pequenina e querer uma “ Tucha”. No meu tempo não me recordo de existirem as Barbie’s ou pelo menos, as bonecas da moda eram as Tuchas. 

Em tudo semelhantes às Barbie’s de hoje.

Os meus padrinhos ofereceram-me a primeira Tucha 

Ora, o habitual era serem louras, sempre esbeltas  com cabelo comprido para os penteados. Não sei se foi para serem didatas, ou porque estava em promoção ou ainda se era a única que havia, mas recebi num Natal nos anos 70 uma Tucha negra, com uma grande cabeleira lisa ( o que fazia as minhas delícias). Eu não tinha noção que poderia ter uma, (porque eram caras) por isso quando recebi fiquei eufórica. Pus-me logo a brincar, a vestir e despir e a fazer penteados. 

O que mais me surpreendeu foram os comentários que se seguiram de alguns amigos/ amigas que frequentavam a casa. Não perguntaram se eu tinha gostado, mas, rapidamente, teceram críticas ao facto de ser escura e lamentaram a “ minha falta de sorte”. Com 5 anos não entendi nada porque viam as coisas dessa forma e porque surgiam os comentários . 

Mas magoava-me . Porque gostava da minha boneca. Era minha. Na altura era minha “ filha”. 


Hoje olho para trás e vejo que não foi nada mais que uma preparação para a vida. Ensinaram-me desde pequenina a amar o que é meu, como é e como vem e a revoltar-me contra todo o tipo de injustiças. 

Porque não é a cor da pele , uma deficiência ou qualquer outra característica que me apanhasse de surpresa, que me iria deixar de fazer amar, de ver a beleza da minha boneca e de brincar e ser feliz com ela. 

Felizmente hoje também pouco ligo ao que dizem.