segunda-feira, setembro 07, 2009

A segunda terapeuta do JP - A HIDROTERAPEUTA RITA

Tinha o JP uns 4 mesinhos quando descobri uma piscina que aceitava bebés desde os 3 meses. Uma piscina fantástica, toda preparadinha para meninos muito pequeninos. O JP sentia-se bem na água, mas quando ia ao colo dos monitores (que logo faziam algumas manobras de mudanças de direção, etc)…chorava. Chorava, é um termo muito suave. BERRAVA mesmo. 4 mesinhos de gente a berrar (que pulmões!!!). Não queria ninguém senão a sua mamã.
Já pelo verão, deveria ter os seus seis mesinhos, uma monitora a quem chamamos "Ritinha" aproximou-se dele....e ele teve uma reação muito diferente. Gostou de ir ao seu colo. Encantou-se com o seu sorriso. Jogava charme. Acalmou. Ganhou confiança com as manobras na água. E nunca vou esquecer que nem 8 meses tinha, quando o submergiram num primeiro longo e profundo mergulho. A Rita não estava insegura. Sabia que ele reagiria bem. E acertou. Tinha até registos vídeo desse mergulho....mas agora resta-me uma foto, só.
Na altura a Rita era recém formada em psicomotricidade. Daí até cá, muitas voltas a vida deu. Mas nós acompanhámos a Ritinha. Uma profissional dedicada. Sempre cheia de vontade de aprender e de ensinar- Partilhar ! Com as crianças, com os pais...com tudo o que se lhe oferecia. O meu JP tem paixão por ela. Mas isso não é difícil. Difícil é não gostar dela e do seu trabalho, que reúne tanto a motricidade como a parte cognitiva, tudo num ambiente fantástico e num clima de cumplicidade e amizade.
Nós temos sorte de a ter a acompanhar-nos há 4 anos !!! Pertence a esta equipe maravilhosa que reuni. E logo, logo, estaremos juntos novamente. Bem hajas Rita. E quando fores super famosa, lembra-te sempre dos primeiros alunos !!!
Para quem se interessar: Psicomotricidade no meio aquático !

5 comentários:

Cristiana Marques disse...

Ola mae do JP Eu gosto muito de ver terapeutas muito ligadas às crianças... É muito bom para o seu desenvolvimento.

Eu sei que ja sou um bocadinho grande mas eu gostava de ter uma terapeuta para fazer hidroterapia. uma vez que nas piscinas que eu frequento nem sequer tem pessoal qualificado para trabaalhar com pessoas com pc

E a proposito amanha comermora -se o dia Mundial da Fisioterapia :D

Rita Ortigão disse...

Como é bom recordar... Aquele sorriso ficará para sempre na minha memória!

É verdade, a vida já deu algumas voltas desde que nos conhecemos mas continuamos juntos e isso é mesmo muito importante para mim!

Para uma recém-licenciada que era, o vosso apoio e amizade foram fundamentais... cresci muito e a vós devo!

OBRIGADA!

Não sei se alguma vez vou ser famosa, também não é a minha intenção, mas uma coisa posso prometer, de vós nunca de hei-de esquecer...

Beijos grandes cheios de saudades
Rita

P.S.: Acho que ainda tenho o filme do mergulho, dá-me autorização para o colocar no meu blog?

Maria João disse...

É por isso que as nossas vidas valem a pena.
Sem andarmos em procura constante, encontramos sempre alguém que marca as nossas vidas e que passa a fazer parte dela, como a Rita faz das vossas.


...Mas também, quem não gostaria de fazer parte desta familía de Grilinhos?

Um grande beijinho
MJF

ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS E PAIS DA CRIANÇA COM DOENÇA CRÓNICA disse...

Um dia sonhei que voava. Sonhei em voar por vales e pradarias, planaltos e montanhas. Rasgar as nuvens, como quando via os aviões fazerem e como me deliciava…e sonhava.

Sonhei. Sonhei um sonho cheio de cor e fantasia, até aos jardins mágicos da Babilónia, recheados de flores e odores semelhantes. Ai como os consegui distinguir a todos. Consegui distinguir um Lírio d’uma Camélia; uma Margarida duma Rosa. Tão pequeno que eu era e tão aconchegado me senti. Daqueles sentimentos que só temos quando ainda somos amamentados e protegidos pela nossa mãe…como me senti bem.

Não quis sair dai. Terra tão extraordinária cheia de sensações novas. Casei-me com a sua beleza, com o seu bem estar e não mais de lá quis sair. Senti-me um filho da Natureza, metaforizada da Babilónia.

Sonhei em atravessar o mar e apenas sentir os simples salpicos salgados do mar e tão bom que foi…tão bem que me senti e nesse mesmo sonho, ainda imaginei o sentido paterno. Aqueles salpicos frios que me tiravam o calor da expulsão de bem-estar…tão bom que era.

Mas, só sonhei.

Abri os olhos com um sorriso na cara e vi as mesmas paredes. As minhas coisas velhas que outrora no sonho reneguei. Renego tudo isto, não quero. Quero voltar a voar. Quero atravessar os céus e percorrer o Oceano. Quero voltar à minha fantasia antiga, mas parece que a fantasia foi criada por mim…um sonho; e percebi que aquela agua salgada, fui eu que a criei com lágrimas.

Afinal, criei um Mundo e vivi-o só no imaginário. Porque será que não tenho mais sonhos desses? - (“Quero dormir”). Acho que esgotei as minhas palavras no imaginário e agora nada tenho para a minha realidade.

Nada… Não tenho palavras para a realidade. Apenas quero voltar aquele sonho…aquele sonho.

Um grande beijinho e muito obrigado por ontem fiquei
sem palavras....
Vítor

Pormenor disse...

Sinto-me lisonjeado por um texto escrito por mim poder ajudar a reviver memórias e, de certa forma, incentivar os pais e os filhos a sonhar.
Não posso escrever a cor, pois seria certamente o verdade da esperança, misturado com o "arco-iris" do sonho e fantasia.

Sonhar...sonhar.

Viver...viver.

Viver cada sonho, como aquele menino que procura o fim do arco-iris para receber o seu tesouro.

Mas acho que...viver. Viver é o mais importante.

Os melhors cumprimentos.