terça-feira, maio 17, 2022

Falar sobre nós não é fácil, quando sabemos que, na verdade, a exposição é um grande lugar de vulnerabilidade. 


A minha história é só mais uma entre muitas e acredito que as nossas experiências são para ser partilhadas com o mundo. No meu caso ( e já posso dizer nosso) , dado que o JP já desempenha o papel de sensibilização muito bem através das redes sociais, serve para que, quem nos leia, se lembre que nós existimos. Os deficientes precisam de um mundo mais inclusivo. E cada um pode com toda a certeza colaborar. 


Ouço mães dizerem que ser mãe de crianças diferentes não é nenhuma benção. 

E está tudo certo. É assim que veem. 

Estão a cumprir a sua função na vida desse alguém. 


Para mim, o que vem a nós ( neste momento penso assim  ) é já aceite. É porque a nossa história tinha de ser assim. 

Confio no universo e em tudo o que me traz. O que nos parece tão mau em determinada fase da vida, podemos perceber a razão de ser mais tarde e ressignificar. 

E essa é a razão porque acredito que ser feliz é uma escolha nossa. 


Existem tantos projetos na minha cabeça para concretizar na área da deficiência. Vão desde a causa para arranjar lares adaptados ( ou adaptá-los), ao apoio nos primeiros tempos a pais  na altura em que é recebida uma “ má “ notícia ….e mais ainda. 


Como não consigo fazer tudo de uma vez, vou fazendo a gotinha de água no oceano e expor, sempre moderadamente, a nossa história ao mundo como exemplo de superação , mas também local onde sensibilizo ou denuncio todas as lacunas e fragilidades do nosso sistema.


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