Falar sobre nós não é fácil, quando sabemos que, na verdade, a exposição é um grande lugar de vulnerabilidade.
A minha história é só mais uma entre muitas e acredito que as nossas experiências são para ser partilhadas com o mundo. No meu caso ( e já posso dizer nosso) , dado que o JP já desempenha o papel de sensibilização muito bem através das redes sociais, serve para que, quem nos leia, se lembre que nós existimos. Os deficientes precisam de um mundo mais inclusivo. E cada um pode com toda a certeza colaborar.
Ouço mães dizerem que ser mãe de crianças diferentes não é nenhuma benção.
E está tudo certo. É assim que veem.
Estão a cumprir a sua função na vida desse alguém.
Para mim, o que vem a nós ( neste momento penso assim ) é já aceite. É porque a nossa história tinha de ser assim.
Confio no universo e em tudo o que me traz. O que nos parece tão mau em determinada fase da vida, podemos perceber a razão de ser mais tarde e ressignificar.
E essa é a razão porque acredito que ser feliz é uma escolha nossa.
Existem tantos projetos na minha cabeça para concretizar na área da deficiência. Vão desde a causa para arranjar lares adaptados ( ou adaptá-los), ao apoio nos primeiros tempos a pais na altura em que é recebida uma “ má “ notícia ….e mais ainda.
Como não consigo fazer tudo de uma vez, vou fazendo a gotinha de água no oceano e expor, sempre moderadamente, a nossa história ao mundo como exemplo de superação , mas também local onde sensibilizo ou denuncio todas as lacunas e fragilidades do nosso sistema.
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