terça-feira, outubro 07, 2014

Um dia normal


Acordo às 7.00 h da manhã e, de manhã, sou mãe solteira de 2 :

1. Fico na preguiça até às 07.20 h... e sabe tão bem.

2. Sobram 10 minutos para preparar café com leite morno e um pãozinho, que bebo e como, com alguma sorte, tranquila (a rezar que o mais pequeno me dê mais uns minutos de descanso)

3. Tiro a roupa da máquina e estendo.

4. Acordo o JP, que como se "estica" à noite, custa a acordar. Entretanto o Rafa também desperta…

5. A miniatura levanta-se, tipo zombie, vai ligar a televisão da sala e põe no JIM JAM. Deita-se no sofá a ver os desenhos animados tranquilo (parece um alentejano);

7. Xi-xis da manhã (o Rafael desfraldou este verão por completo), trago o JP para a cozinha e dou-lhe o pequeno almoço;

8. É nessa altura que o Rafael dá conta que a mãe existe e começa a pedir "binca, binca com o Uafa". Obviamente, a mãe não pode. Na maioria das vezes, porque ainda tem sono, chora (e berra a decibéis proibitivos ).
Outras vem, e come na mesa connosco.
Começa por roubar a comida do mano e depois pede para ele. Ainda bem, porque quando não o faz, acabo por me esquecer e ter de meter um pacote de leite e pão para comer na creche.

9. Dou banho ao JP, e o Rafa ainda reclama atenção. Esqueceu os desenhos animados e o seu foco é ter a minha atenção...pela negativa, normalmente.

10. Visto o Pedro - escolhi as roupas deles no dia anterior;

11. Vou também eu tomar banho. Desisti de vestir o Rafa antes porque chegava a vestir 5 vezes e de cada vez que vestia, ele despia-se a seguir…

12. Visto o Rafa e tenho a sensação que, quando termino, estive num qualquer combate de Wrestling. No fim, escolhe sempre um brinquedo para levar,com imenso critério (igualzinho ao mano)

13. Preparo as mochilas. Nos dias do autocarro, vou levar o JP à garagem e fico descansada para levar o Rafa a pé. Como o autocarro anda sempre avariado, ainda me resta ir levar o JP à escola, e chatear-me, sempre, porque o lugar dos deficientes está, indevidamente, ocupado. São 9.00 h e ele tem de entrar na escola. Dou-lhe um beijinho e desejo um excelente dia. Peço-lhe que se esforce.

14. Sigo e deixo o Rafael na creche. É um descanso porque sei que fica bem. É nesta parte que reside tanta da diferença da maternidade. Com o Rafael eu descontraio mesmo sendo ele muito mais agarrado a mim e muito menos sociável.

Quando termino tudo isto, sinto que o meu dia já vai longo, mas cheia de energia porque a partir desta hora só vai melhorar. E sinto-me a supermulher.

Qualquer coisa depois disto …é canja.

Hoje, cheguei às 19.50 h (felizmente não é sempre tão tarde) e tinha um jantar pronto à minha espera e 2 miúdos, já em casa, instalados e felizes por me verem :)

É ou não um dia preenchido ?