
Há cerca de 4 anos pensámos, pela primeira vez, a sério, em mandar vir ao mundo um filho...e daí até conceber foi um
instantinho. Tão simples quanto se possa imaginar.
Mas antes quis ter a certeza de que era igualmente desejado pelo meu companheiro.
Que o meu amor grande se sentia à altura, psicologicamente, para ser PAI.
Estava...sempre foi um companheiro fantástico. Um pai extremoso. Tranquilo. Terno.
Sempre que as minhas ansiedades batiam mais alto, ele estava inabalável que nem uma estaca...dizendo para ter calma...o nosso JP ia dar-nos muitas alegrias, no seu tempo. E tinha toda a razão.
Sempre confiou em mim e nos meus instintos, interferindo pouco, mas ouvindo e apoiando. Silenciosamente, dando muita força, mantendo o bom humor e a forma positiva de encarar a vida.
Mas nunca senti que fosse ele a "puxar o barco"...
Muitas vezes penso que seria deles dois sem mim...seria o papá mais interventivo ? Interessar-se-ia mais? Seria mais desenrascado?
Não sei...mas tenho a sensação de que sou imprescindível.
Assim como sei que é o pai...mesmo assim, na sua maneira de estar.
A relação de um casal não é fácil, com ou sem crianças, mais ou menos difíceis.
Por tantas vezes sinto que sou eu que tenho de fazer os maiores sacrifícios, que sou eu que tenho de abdicar mais profissionalmente, mesmo sabendo que o meu ordenado é tão ou mais imprescindível.
O meu príncipe encantado nunca chegou…
O tal que olharia para a roupinha no estendal e que tomaria a iniciativa de passá-la de imediato. Aquele que tanto me ajudaria que me faria apetecer ter meia dúzia de filhos.
Mas tenho um marido …e um Papá muito especial.
Não embarcamos nos espíritos consumistas...mas tudo faremos para proporcionar um feliz Dia do Pai ao Papá do JP. Um jantar a três, bom e diferente.