terça-feira, abril 30, 2013

Inclusão nas escolas e fora delas

Tem sido muito divertido levar os dois a passear. 

O Rafael desde que tenha uma bola brinca por horas no parque. 
Por ser tão pequenino, loirinho e desenrascado atrai a atenção.

No outro dia, um casal com 3 filhos,  sendo dois mais da idade do JP e outro da do Rafa, juntou-se a nós e começámos a conversar. 
Apesar de haver uma ligeira irritação inicial da minha parte, pois mesmo depois de eu referir várias vezes que o JP percebia tudo e até dele comunicar com as pessoas, insistiam falar com ele como se fala para um bebé. 
Mas eram boas pessoas, não estavam a fazer por mal e, no fim do encontro, já tinham percebido como era o JP e como falar para ele. 
Os filhos da idade do JP não interagiram muito, mas agiram naturalmente. Sem demasiada observação nem estranheza. 
Provavelmente não saberiam como fazer, mas acredito que com estes exemplos, venham um dia a interagir melhor.

No entanto, não vou esquecer, a receção que o JP teve um dia numa festa, onde os meninos (que já estavam habituados a lidar com outro menino de características semelhantes) o receberam como igual e até contei aqui
Até no caderno pegaram e falaram com ele.

Por isso tudo, pelo JP e por todos os "normais" espero que a escola inclusiva nunca deixe de existir. 
Sei que se preparam coisas nos bastidores para que ela deixe de existir. Vamos deixar ?
Porque se a escola inclusiva deixar de existir, vamos andar para trás muitos anos. 
Voltamos à exclusão social, à intolerância...aos guetos.  
É tão lamentável e triste. Nem tenho palavras.


2 comentários:

Mina disse...

´Temos , mesmo de aprender a lidar uns com outros, e é natural que o desconhecimento seja a nossa maior ignorância e até tolero que algumas pessoas não saibam, não tolero é os que não querem saber :(

Espero que a escola não dê esse passo atrás , todos juntos é que aprendemos.

Beijinhos

Helena Barreta disse...

Não, não podemos deixar que isso aconteça.

Um beijinho