Ontem estive reunida com a educadora do ensino especial. Precisou da minha aceitação da inscrição do JP na unidade específica para meninos com deficiência, inserida na escola do ensino público. A decisão de tirar o JP deste colégio no fim deste ano letivo é algo que me incomoda por demais. Ele está feliz. Tudo se conjuga na sua integração. Quando é assim...o instinto diz-nos que não se mexe.
Mas ao transferi-lo passará a ter uma série de terapias, gratuitamente, a que eu não posso dar-me ao luxo de rejeitar: Terapia ocupacional, da fala, psicomotricidade, natação e hipoterapia, tudo integrado no horário escolar. Já investiguei e percebi que é assim mesmo. Fico feliz. Um alívio nas nossas bolsas. Mas como será que se vai dar por lá ? Como serão as pessoas, os professores ? Deixa-me tão insegura, mas teremos de ir para a frente. Custa-me fechar os bons ciclos. Custa muito...muito...muito…
Infelizmente não se consegue ter tudo...e então vamos aproveitar bem todo o tempo que falta.
9 comentários:
Acredito que uma escola com todas essas capacidades, também tem que ter uma boa componente humana. Esperamos que assim seja e de certeza que vai ser!
Beijocas grandes
Por aqui também pensamos e equacionamos uma mudança. Como dizem os idosos "Quem muda Deus ajuda". Temos que acreditar. Se nós estivermos "Bem" os nossos meninos ficam Bem
Bjinhos
Ângela e Francisco
Ps: Obrigada pelo contacto da Yami, está a correr muito bem.
Isso mesmo,aproveitem bem...porque terapias incluídas na escola?Parece-me espétacular.A mudança às vezes é a medo,mas será boa vão ver.E os miúdos fazem amigos facilmente,e se forem acarinhados integram-se logo.Para melhor muda-se sempre! :)
Olá amiga
Essa é uma realidade com a qual também me irei debater.
Ainda hoje falei sobre o mesmo assunto com uma amiga minha, dizendo-lhe que quando chegasse ao Ensino Primário teria de optar por ficar no colégio onde ele está actualmente e onde está a Madalena também, este ano a terminar o 4.º ano,e perder todos os apoios ou transferi-lo para uma Escola estatal onde poderá ter todos os apoios gratuitamentes.
Muito sinceramente não sei o que farei quando essa altura chegar, mas ainda tenho a esperança que quando for a nossa altura as coisas possam estar um pouco mudadas.
Quanto a ti, acredito que não seja uma decisão nada fácil, existe muita coisa em jogo. No entanto também pode ser uma agradável surpresa e o JP integrar-se lindamente.
Estas são aquele tipo de decisões que nenhum pai gosta de tomar, infelizmente temos de optar pois o nosso sistema não contempla nenhum tipo de apoio para crianças com mais de 6 anos e no Privado.
Mas vamos pensar positivamente e pensar que tudo irá correr como vocês desejam.
Beijinhos
Eu questionava-me pq o queriam tirar do colégio, agora pecebo está muita coisa em jogo e que pode benefeciar o JP.
Não sei para que escola vai, mas se for para a nova escola pública perto do colégio parece ter muito boas condições e depois é uma questão de sorte com a professora (é sempre em todo o lado, público privado) e com as auxiliares, as pessoas é que fazem a diferença não são as instalções, essas apenas ajudam.
Vamos torcer para que corra tudo bem. Como disseste não é uma decisão fácil, mas de facto tens de aproveitar todas as terapias que estão associadas!
Bjs,
Leo
Sabes, a mudança acaba por nos assustar muito mais a nós do que a eles.
Diz-se que os meninos com Trissomia 21 deve mter sempre a mesma rotina, para mais facilmente evoluirem.
O meu Tesourinho é a prova viva de que isso é apenas um mito. O que nos falta a nós são rotinas... Não paramos e, no inicio da vida dele em casa foi também muito assim...
Começou numa IPSS, passou no ano seguinte para o ensino publico, no outro ano lectivo mudou de sala (nova educadora e novos meninos) e já este ano mudou para o 1º ciclo (tudo novo).
A adoptação do Bruno tem sido extraordinária e tem surpreendido inclusivé a professora de ensino especial.
Isto tudo para te dizer que vai correr muito bem.
O teu menino tem muita garra e será, de certeza, um vencedor.
Para alem disso, terá todas estas terapias... melhor...
Muita força para vocês, porque eu entendo perfeitamente estes dilemas que vão surgindo nas nossas cabeças.
Uma beijoquinha muito grande para vocês.
Maria João e Bruno
Infelizmente a realidade é essa mesmo. Ao chegar ao 1º ano deixam de ter apoio de educação especial e os privados também não têm armas para lidar com a situação, pois não têm pessoal especializado. Normalmente 1 professora, mal dá para a sala inteira.
O melhor é integrá-lo no sistema. É acompanhado, tem terapias gratuitas e pessoal qualificado a acompanhá-lo. Estou a pensar colocá-lo numa escola que abriu este ano (a tal que falaste-Leoinha) que em termos de instalações não fica atrás de nenhum privado. É mesmo muito bonita, novinha em folha e e parece-me que a questão do pessoal vai ser mesmo uma questão de sorte. No entanto já ouvi falar bem da equipa do Seixal. Vamos ver...
Olá Griliha, faço das palavras da João praticamente as minhas. O Tiago tb andou desde os 18meses num colégio e quando foi para ir para a pré decidimos mudá-lo para o ensino público. Estava cheia de receios, porque ele já tinha o grupinho de amigos, conhecia toda a gente, etc. O meu medo era a aceitação dele noutro ambiente escolar, como iriam reagir os meninos da escola. Foi uma maravilha surpreendeu-nos a todos, inclusivé a educadora dele. Foi por ela que mudámos, pois ela tinha sido a prof de ensini especial dele no colégio privado. este ano tb está no 1º ano e com prof nova. Ele gosta da professora e é querido por todos na escola. Tudo vai correr bem, como diz a João, nós mães é que ficamos mais aterrorizadas com a mudança. Tudo de bom!
Beijinhos.
Maria Osório
Pois é Maria : Talvez seja isso. A escola escolhida é nova, ainda mais bonita que o colégio...quase parece saída de revista de arquitectura. Está mesmo gira e é ao lado da nossa casa. O problema é só: quem está lá?
É que as pessoas que cuidam dele actualmente são 6 estrelas !!!
Custa romper estes ciclos.
Muitas vezes o público não exige o mesmo que o privado dos seus funcionários. Vamos pensar que eles só precisam de ser 5 estrelas, (não 6) e que as terapias e não ter gastos com elas irá compensar tudo isso. E quem sabe somos agradavelmente surpreendidos ?
Sim...nós adultos somos complicados com mudanças e decisões e é um terror quando se alteram as coisas boas. As crianças têm aquela descontracção que por vezes nós deviamos ter mais vezes.
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