quarta-feira, novembro 11, 2009

Pais adorados !

Uma das nossas maiores fontes de sofrimento é a convivência com o outro. Confio que o meu filho poderá vir a andar tarde e com muito trabalho. Ande ou não, sei que terá uma adolescência dura, porque não é uma pessoa vulgar. Mesmo os comuns são cruelmente gozados em alguma altura da sua vida.
Se não vejo nada disso por enquanto, sei que será inevitável. Queria ter a sabedoria de educar um filho com uma autoestima tão forte que nada o abalasse. Mas de forma nenhuma quero que se isole.
Ao longo de nossas vidas, em algum momento, vamos depender ou precisar dos outros. Do equilíbrio do outro, de sua sensatez, de sua capacidade de doação ou apenas de calor e carinho.
Ele começou a aprender a relacionar-se na escola. Todos são doces por agora. Mas acredito que ouça frases que lhe desagradem, uma vez por outra. Também ele vai-se preparando para a dura realidade da vida. Gradualmente. Sem choques.
Se ele agora é ainda uma criança feliz, pergunto-me a mim mesma, quando começará a questionar-se pela sua "pouca sorte"...
Vai ser um duro golpe para mim, senti-lo a sofrer mágoas e revoltas, típicas da adolescência.
Como não quero sofrer por antecipação, tenho de me concentrar neste dia a dia. No final dos seus 4 maravilhosos anos em que a família é tudo para ele. Em que nutre uma paixão pelos pais e avós. Em que olha para nós como se fossemos perfeitos e Deuses. É uma sensação indescritível.
Que saudades vou ter !!!

9 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente o JP terá de sofrer as represálias que esta nossa sociedade tem, mas acredito que esse amor essa admiração que ele tem por vós, jamais a irá perder, acredita :)

jocas grilinha de estimação

Ana Zuzarte disse...

Olá Mãe Grilinha
vai ver que não vai ter saudades, mesmo com os problemas que o JP tem, cada dia é um dia, com alegrias e tristezas é certo, mas outras situações viram que a vão encher de alegria e orgulho do JP
Beijocas
Ana

Paulinha disse...

Tem calma... "O que não tem remédio, remediado está..." podemos apenas ir tentando, não está ao nosso alcance mudar a mentalidade de um mundo, mas podemos sempre marcar a "diferença na normalidade" (se bem que estes termos são algo ambíguos), como mães estamos destinadas a sofrer quando eles sofrem e a exultar com a sua felicidade!

Um passo de cada vez, vais ver que o carácter dele se vai moldando e na maior parte das vezes acabam por ser mais fortes do que o que pensamos!

Beijinhos!

Mocas disse...

Eu não posso dizer-te que não vais ter saudades, porque penso e sinto exactamente como tu. Temo pelo meu filho e pelas "chapadas" que possa levar da vida. Sei que agora eu e o pai podemos colmatar (quase) tudo. Daqui a uns anos será impossível. O que me enche sempre de força é acreditar que ele vai amar e respeitar muito a vida, a si próprio e aos outros.

um beijinho

Mina disse...

Os pais e amigos, são sempre o suporte e os mais amados o que nos deixa ainda com uma dose dupla de responsabilidade de amar e cuidar por toda a vida, o que não quer dizer que não se faça com os outros filhos...
Mas estes precisaram sempre de cuidados mais próximos...
E felizmente cada vez mais, dada a visibilidade, são muito mais aceites pela sociedade, embora muito longe do ideal.
Nunca abandones os teus sonhos, já estás preparando o caminho...
bjocas

Cristina disse...

Também eu vou sentir muitas saudades... E as minhas também vão crescer muito com essas adversidades!

Bjos

Anónimo disse...

Como mãe de um adolescente de 17 anos, digo-lhe e asseguro-lhe que os jovens também são generosos, companheiros e solidários com os colegas e amigos que têm dificuldades diferentes.

Talvez seja ingénua, mas por ter tão bons exemplos, acredito nos jovens e na capacidade que têm de dar, de se entregarem aos amigos.
Salvo melhor opinião, acho que a educação que os nossos filhos recebem faz toda a diferença, entre um jovem respeitador das limitações do outro e os que são mal formados, que descarregam as frustrações nos outros, mas vai haver sempre os outros ao lado do seu menino, de certeza que vai ter amigos e colegas que o acompanharão e lhe darão a mão quando ele precisar.
Quando os jovens têm um passado com valores, com educação e pais e família presentes são do melhor que há. É uma fase excelente.

Beijinhos

Helena

Avessa disse...

Nós mães por mais racionais que sejamos nunca deixamos de temer e antecipar situações menos boas no futuro dos nossos filhos. Mas eles são mais fortes do que julgamos e cedo aprendem a discernir com quem vale a pena contar. E se os formos orientando nesse sentido aprendem a ignorar quem os tenta magoar e a saber que são esses que estão mal e não eles. Nunca nos podemos esquecer de lhes levantar a auto estima e transmitir-lhe que apesar de haver muita coisa em que podem não ser tão bons há-de haver outras em que são muito melhores!

Dulce Bregas disse...

Olá.Como percebo esse sentimento!Ser diferente ainda é uma luta diária,mas também vejo que estamos no caminho certo,nas escolas os pequeninos tem a oportunidade de ter como colegas meninos como os nossos,um bocadinho diferentes,aprendem a respeitá-los e sem darem por isso vão crescer sendo pessoas mais ricas.
Eu sinto que os pais são educados pelos coleguinhas do meu filho,pela mão dos meninos chegam-se os pais e querem conhecer o Francisco.Por isso,há que ter pensamento positivo!E muita força :)